Como é possível constatar no quadro de controle do IMC, existem diferentes níveis de obesidade e cada um deles exigem diferentes tratamentos e também diferentes consequências ao corpo humano.
• Sobrepeso
Antes do paciente ser considerado obeso, ele alcança o patamar de sobrepeso, caracterizado no IMC por valores entre 25 e 30. Neste caso, o paciente ainda não é obeso, mas já pode apresentar sintomas da obesidade, tais como elevações na taxa glicêmica e no colesterol, fadiga excessiva após esforço físico, entre outros.
É importante salientar que o sobrepeso não é considerado doença assim como a obesidade, porém exige cuidados para que o quadro não evolua. Nesta etapa, o ganho de peso pode ser resolvido por meio de mudanças nos hábitos alimentares e exercícios físicos.
• Obesidade
A obesidade é diagnosticada, de maneira geral, quando o IMC do paciente ultrapassa o valor de 30. Nestes casos, já é possível falar com maior probabilidade nos riscos de doenças como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e outras condições que tenham a obesidade como fator de risco.
O acúmulo de gordura na região abdominal já nítido e pode estar associado também a gordura visceral – grande fator de risco para doenças cardiovasculares.
Nesse estágio, apesar das consequências na saúde, ainda é indicado que o paciente procure os meios mais indicados para a perda de peso como a alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas, porém, remédios inibidores de apetite e acompanhamento psicológico já podem ser indicados.
• Obesidade mórbida
É considerado que o paciente sofre de obesidade mórbida quando seu IMC é maior que 40. Neste estágio da obesidade, o paciente, além de todos os problemas associados à doença, passa a ter severas dificuldades de locomoção e as chances de volta ao peso normal por meio apenas de reeducação alimentar e exercícios físicos é reduzida.
Com a dificuldade de locomoção e alto risco de sofrer com graves consequências, nesse estágio o acompanhamento médico deve ser frequente e sob indicação médica e psicológica, estes pacientes podem realizar a cirurgia bariátrica para redução de estômago e assim fazer que haja uma perda de peso significativa – que são muito necessárias nesse caso.
• Obesidade infantil
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais graves do século 21.
A incidência da obesidade infantil mais que dobrou nos últimos 30 anos e, atualmente, uma em cada três crianças sofrem com a doença em todo o mundo. Além dos mesmos problemas ligados à obesidade de adultos, a obesidade infantil é ainda mais perigosa por se instalar num organismo ainda em formação e dificultar o tratamento durante os estágios de desenvolvimento e maturação de órgão reprodutores e também crescimento (fase conhecida como estirão).
A obesidade infantil merece atenção redobrada, principalmente, devido ao fato desta etapa da vida os pacientes não possuírem completo controle sobre seus hábitos alimentares e as razões da obesidade podem ser causadas pela falta de cuidado com a alimentação ou doenças graves que se manifestam ainda nessa etapa da vida, porém, neste último caso, as situações são raras e devem ser interpretadas de maneira isolada pelo médico.