O
fisioterapeuta Cleyton Leite foi condenado a 23 anos e três meses pelo
júri popular pela morte da esposa, Aiane Michele Pereira Gomes Leite,
de 26 anos, dia 28 de setembro do de 2020.
Pelo que o blog apurou o placar foi de
4×0 pela condenação, ou seja, por unanimidade. Houve a votação de 4×3 em
relação às qualificadoras. A pena teve inicialmente 21 anos, mas chegou
a esse tempo com os agravantes. Prevaleceu a tese do MP e da
assistência de acusação que argumentou, alegando comprovação técnica,
que a esposa de Cleyton não tinha sido vítima de suicídio, em sim,
feminicídio, como indicaram as investigações do então Delegado Ubiratan
Rocha.
O juri ocorreu no Fórum Laurindo Leandro
Lemos. A sentença foi proferida pelo Juiz Bruno Querino Olímpio. Atuou
pelo MP o promotor Witalo Vasconcelos. O assistente de acusação foi o
advogado Daniel Aragão.
O advogado Ricardo Siqueira, que defende
Cleyton Leite, questionou vários procedimentos desde a prisão até a
instrução do processo. O primeiro deles, o da divulgação de um caso em
segredo de justiça. “Toda a imprensa tem noticiado expondo o nome do
profissional”. O blog foi bastante citado pela defesa. Ainda argumentou
que mesmo o laudo tanatoscópico não garantia a tese de feminicídio.
Dentre as ouvidas, o médico legista
Gustavo Henrique Bezerra dos Santos, responsável pelo laudo que indicou
que Aiane sofreu estrangulamento e João Batista Montenegro, contratado
pela família do fisioterapeuta para desconstruir a versão oficial.
No júri, havia familiares de Aiane,
inclusive uma irmã e também do fisioterapeuta, como um irmão jornalista
que mora nos Estados Unidos. A defesa pode recorrer da decisão.
O programa Manhã Total, da Rádio Pajeú, traz reportagem exclusiva de Marcony Pereira nesta
quinta ouvindo o advogado Daniel Aragão, que auxiliou na acusação, o
jornalista Joaquim Neto, que é irmão do fisioterapeuta e reside nos
Estados Unidos, bem como o advogado Ricardo Siqueira, que defende
Cleyton.