Faculdade Maurício de Nassau ultrapassa porcentagem de PCDs
exigida por lei; funcionários comemoram o Dia Internacional da Pessoa
com Deficiência
Por Vanessa Braz
A
preocupação em oferecer acessibilidade aos alunos da Faculdade Maurício
de Nassau também se estende ao quadro de colaboradores. Dos 240
contratados só em João Pessoa, 15 possuem algum tipo de deficiência -
mais de duas vezes a porcentagem exigida pela lei federal de número
8.213/91, para esta quantidade de funcionários.
No
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta
quinta-feira (3), a recepcionista Kézia Ferreira tem muito que festejar.
Há mais de dez anos, ela estava desempregada e sem perspectiva de
colocação no mercado de trabalho. “Quando surgiu a oportunidade de fazer
essa entrevista na Faculdade Maurício de Nassau, eu já não tinha mais
esperança. Mas, com incentivo do setor de Recursos Humanos, acabei
participando da seleção e consegui a vaga de recepcionista, há seis
meses”, relatou.
Para
que a contratação dela fosse efetivada, a unidade precisou fazer
complementos, a exemplo do relógio de ponto colocado de forma mais
acessível. “Como a Faculdade já possui uma estrutura com acessibilidade,
só precisamos fazer algumas adaptações. A força de vontade e o perfil
profissional dela superam qualquer deficiência”, avaliou Elaine Cristina
do Nascimento, analista de Recursos Humanos.
Desafio para a ampliação
Mesmo
com o sucesso, o desafio ainda é encontrar profissionais qualificados
para a ampliação da inclusão social, de acordo com Elaine Cristina. “A
maioria das pessoas com deficiência que chega para fazer a entrevista de
trabalho não tem o Ensino Médio completo, o que dificulta a colocação
dela em um cargo mais especializado”.
Essa
constatação reflete a falta de preparo da sociedade em atender a
necessidades dessa população. “Na minha época de escola, passei por
muitas dificuldades porque a estrutura não era adaptada. Então, para nós
que temos alguma deficiência, é preciso um esforço ainda maior para
vencer na vida”, disse Kézia Ferreira.
O
funcionário José Carlos da Silva, assistente nos elevadores da Nassau, é
outro que sentiu na pela o preconceito por ser deficiente e que hoje
comemora. “Eu sofri um acidente com fogos de artifícios e precisei
amputar a mão direita, então, eu sei o que é procurar emprego sem
deficiência e com deficiência e posso dizer que o preconceito ainda é
grande. Muitas pessoas acham que não temos a capacidade de fazer algo,
mas estão enganadas”, afirmou.
A
dica que cada um deixa é não desistir e buscar sempre a qualificação
para concorrer a cargos mais especializados. Além disso, cobrar o
cumprimento da Lei nº 8.213/91, que estabelece cotas para pessoas com
deficiência, obrigando as empresas com mais de 100 funcionários a
destinarem uma determinada porcentagem, de 2% a 5%, para pessoas com
deficiência.
Por Vanessa Braz
A preocupação em oferecer acessibilidade
aos alunos da Faculdade Maurício de Nassau também se estende ao quadro
de colaboradores. Dos 240 contratados só em João Pessoa, 15 possuem
algum tipo de deficiência - mais de duas vezes a porcentagem exigida
pela lei federal de número 8.213/91, para esta quantidade de
funcionários.
No Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência, comemorado nesta quinta-feira (3), a recepcionista Kézia
Ferreira tem muito que festejar. Há mais de dez anos, ela estava
desempregada e sem perspectiva de colocação no mercado de trabalho.
“Quando surgiu a oportunidade de fazer essa entrevista na Faculdade
Maurício de Nassau, eu já não tinha mais esperança. Mas, com incentivo
do setor de Recursos Humanos, acabei participando da seleção e consegui a
vaga de recepcionista, há seis meses”, relatou.
Para que a contratação dela fosse
efetivada, a unidade precisou fazer complementos, a exemplo do relógio
de ponto colocado de forma mais acessível. “Como a Faculdade já possui
uma estrutura com acessibilidade, só precisamos fazer algumas
adaptações. A força de vontade e o perfil profissional dela superam
qualquer deficiência”, avaliou Elaine Cristina do Nascimento, analista
de Recursos Humanos.
Desafio para a ampliação
Mesmo com o sucesso, o desafio ainda é
encontrar profissionais qualificados para a ampliação da inclusão
social, de acordo com Elaine Cristina. “A maioria das pessoas com
deficiência que chega para fazer a entrevista de trabalho não tem o
Ensino Médio completo, o que dificulta a colocação dela em um cargo mais
especializado”.
Essa constatação reflete a falta de
preparo da sociedade em atender a necessidades dessa população. “Na
minha época de escola, passei por muitas dificuldades porque a estrutura
não era adaptada. Então, para nós que temos alguma deficiência, é
preciso um esforço ainda maior para vencer na vida”, disse Kézia
Ferreira.
O funcionário José Carlos da Silva,
assistente nos elevadores da Nassau, é outro que sentiu na pela o
preconceito por ser deficiente e que hoje comemora. “Eu sofri um
acidente com fogos de artifícios e precisei amputar a mão direita,
então, eu sei o que é procurar emprego sem deficiência e com deficiência
e posso dizer que o preconceito ainda é grande. Muitas pessoas acham
que não temos a capacidade de fazer algo, mas estão enganadas”,
afirmou.
A dica que cada um deixa é não desistir e
buscar sempre a qualificação para concorrer a cargos mais
especializados. Além disso, cobrar o cumprimento da
Lei 8.213/91,
que estabelece cotas para pessoas com deficiência, obrigando as
empresas com mais de 100 funcionários a destinarem uma determinada
porcentagem, de 2% a 5%, para pessoas com deficiência.
Fonte: http://www.mauriciodenassau.edu.br/noticia/exibir/cid/3/nid/821/fid/1
Postado por: Antônio Brito