Quadrilha usava dados de cartão para fazer compras na internet.
Carteiros faziam entregas diretamente para os integrantes da quadrilha.
Uma operação da Polícia Federal em Niterói cumpriu 13 mandados de prisão, até o final da manhã desta quinta-feira (18), contra uma quadrilha que desviava mercadorias compradas na internet. O prejuízo com o golpe, segundo a polícia, chega a R$ 3 milhões. Das 13 pessoas presas, seis são carteiros de Niterói e Alcântara, em São Gonçalo. De acordo com a PF, um integrante foi preso em São Paulo e outro em Araruama, na Região dos Lagos.
Segundo o delegado Hylton Coelho, a quadrilha conseguia obter os dados de diversos proprietários de cartões de crédito e, com estas informações, fazia compras pela internet, em lojas virtuais. Com a ajuda de funcionários dos Correios, as mercadorias eram entregues em endereços fictícios ou diretamente aos criminosos.
Segundo o delegado Hylton Coelho, a quadrilha conseguia obter os dados de diversos proprietários de cartões de crédito e, com estas informações, fazia compras pela internet, em lojas virtuais. Com a ajuda de funcionários dos Correios, as mercadorias eram entregues em endereços fictícios ou diretamente aos criminosos.
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"As empresas que atuam na internet são vulneráveis a este crime. O sistema de segurança de empresas de cartões ajudou a prevenir muitos danos, mas, neste caso, os estragos foram grandes", disse Hylton.
O delegado informou que os fraudadores não se preocupavam em obter o cartão fisicamente, eram apenas os dados para efetuar as compras com o nome das pessoas físicas verdadeiras. As mercadorias eram revendidas pela internet. Ainda não se sabe o numero exato de pessoas prejudicadas pelo golpe.
Ainda de acordo com a polícia, o valor que os carteiros recebiam pela participação no golpe era proporcional ao da mercadoria enviada. Por um laptop, por exemplo, eles recebiam R$ 200. "“Era muito comum a negociação de laptop, pois é uma mercadoria de alto valor agregado e de fácil
revenda, além de ter muita procura no mercado”, contou o delegado. Um carteiro chegava a entregar seis computadores por dia.
revenda, além de ter muita procura no mercado”, contou o delegado. Um carteiro chegava a entregar seis computadores por dia.
A investigação da polícia começou em 2010. Os presos estão sendo levados para fazer exame de corpo delito e depois serão encaminhados para o presídio Ari Franco, em Água Santa, no Subúrbio do Rio.
Segundo informações da Polícia Federal, os carteiros serão indiciados por corrupção passiva e formação de quadrilha e outros envolvidos no golpe por formação de quadrilha, furto qualificado e recepção de produtos roubados. Os nomes das pessoas presas estão em segredo de justiça.
O delegado Hylton Coelho fez uma alerta aos consumidores que usam a internet para efetuar compras. "Os hackers conseguem as informações enviando mensagens e e-mails. Isso já foi muito divulgado. A gente abre a mensagem e na realidade aquilo é um vírus espião que entra na máquina e fica colhendo os dados, inclusive a comunicação com o banco e de outras compras. Muita gente não cai, mas a parte que cai no golpe é suficiente para muito estrago".
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