Fenômeno La Niña se intensifica, o que pode beneficiar a região durante o período úmido, em novembro.
O fim do El Niño - que provoca chuvas no Sul e no Sudeste do País; e seca no Nordeste - e a tendência de fortalecimento da La Niña (fenômeno inverso), ainda este ano, podem encerrar o ciclo de quase cinco anos consecutivos de seca no Estado.
Identificado por instituições de climatologia, o fenômeno pode aumentar as precipitações nos reservatórios de Sobradinho, Três Marias e Itaparica, alimentados pelo Rio São Francisco e responsáveis por gerar energia elétrica para o Nordeste. Se a previsão se concretizar, o Sertão de Pernambuco pode sentir os efeitos já no próximo período chuvoso, marcado para iniciar em novembro, e o Agreste somente em 2017, quando a quadra chuvosa recomeça em junho.
O secretário de recursos hídricos do Estado, José Almir Cirilo, admite a possibilidade de uma onda de resfriamento atingir o Velho Chico, em breve. “Repercutindo em chuvas para o Sertão. É possível, porém, que não haja tempo de o fenômeno afetar o Agreste, ainda este ano, porque as regiões possuem regimes de chuvas diferentes”, explicou, destacando que o atual quadro pluvial já é diferente do encontrado em 2011, quando o El Niño afetou o Sertão e o Agreste mais bruscamente. Um ano depois, relembrou Cirilo, o Interior de Pernambuco passava por uma das piores secas desde 1930. “Diante de tanta instabilidade, é importante investir em fontes alternativas de geração e diminuir a dependência da hidroeletricidade”, alertou.
Apesar de não assegurar se o La Niña está realmente ganhando força, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Fabrício Silva, afirmou que já percebe a dispersão do El Niño. “Então, é provável que, a partir de setembro ou de outubro, o La Niña comece a ganhar forma. Vale ressaltar, contudo, que esse é um tipo de fenômeno que leva tempo para maturar”, contou. Mesmo com projeções tímidas, Silva considerou que esses sinais não devem ser relativizados e que podem sim trazer alívio para a Região.
A estiagem, dentre tantos fatores, é uma das responsáveis pela retração dos níveis dos reservatórios para a geração do insumo, uma vez que a demanda ultrapassou a oferta de água nessas usinas. Para se ter ideia, ano passado, Sobradinho, o principal da Região e com capacidade para abastecer 58% do Nordeste, atingiu 1% da sua capacidade útil de armazenamento, inviabilizando o atendimento hídrico das comunidades ribeirinhas compreendidas entre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O transporte de cargas no rio também foi inviabilizado em virtude da redução da vazão.
Menos crítica, a situação dos três reservatórios ainda requer cuidados. Juntos, estão com 29,51% preenchidos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na visão do especialista no setor elétrico, José Antônio Feijó, a chegada da La Niña é mais esperança do que certeza. “A natureza é complexa e os fenômenos não são garantias absolutas”, ponderou. Supondo que o cenário se confirme, Feijó foi taxativo: “todos, sem dúvida, serão beneficiados”.
O secretário de recursos hídricos do Estado, José Almir Cirilo, admite a possibilidade de uma onda de resfriamento atingir o Velho Chico, em breve. “Repercutindo em chuvas para o Sertão. É possível, porém, que não haja tempo de o fenômeno afetar o Agreste, ainda este ano, porque as regiões possuem regimes de chuvas diferentes”, explicou, destacando que o atual quadro pluvial já é diferente do encontrado em 2011, quando o El Niño afetou o Sertão e o Agreste mais bruscamente. Um ano depois, relembrou Cirilo, o Interior de Pernambuco passava por uma das piores secas desde 1930. “Diante de tanta instabilidade, é importante investir em fontes alternativas de geração e diminuir a dependência da hidroeletricidade”, alertou.
Apesar de não assegurar se o La Niña está realmente ganhando força, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Fabrício Silva, afirmou que já percebe a dispersão do El Niño. “Então, é provável que, a partir de setembro ou de outubro, o La Niña comece a ganhar forma. Vale ressaltar, contudo, que esse é um tipo de fenômeno que leva tempo para maturar”, contou. Mesmo com projeções tímidas, Silva considerou que esses sinais não devem ser relativizados e que podem sim trazer alívio para a Região.
A estiagem, dentre tantos fatores, é uma das responsáveis pela retração dos níveis dos reservatórios para a geração do insumo, uma vez que a demanda ultrapassou a oferta de água nessas usinas. Para se ter ideia, ano passado, Sobradinho, o principal da Região e com capacidade para abastecer 58% do Nordeste, atingiu 1% da sua capacidade útil de armazenamento, inviabilizando o atendimento hídrico das comunidades ribeirinhas compreendidas entre os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O transporte de cargas no rio também foi inviabilizado em virtude da redução da vazão.
Menos crítica, a situação dos três reservatórios ainda requer cuidados. Juntos, estão com 29,51% preenchidos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na visão do especialista no setor elétrico, José Antônio Feijó, a chegada da La Niña é mais esperança do que certeza. “A natureza é complexa e os fenômenos não são garantias absolutas”, ponderou. Supondo que o cenário se confirme, Feijó foi taxativo: “todos, sem dúvida, serão beneficiados”.
Fonte: http://novamais.com/noticias/10592/seca-estaria-perto-do-fim-no-sertao-pernambucano
Matéria Postada pela Colunista:
Paula Moura - Comunidade Barro Branco II.
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