Consórcios são
grupos de pessoas ou empresas que possuem interesse comum na aquisição de um
bem específico. Existe uma contribuição mensal definida em contrato e,
mensalmente, 1 pessoa pode ser contemplada com o bem em questão, tanto por
lance ou por sorteio. Os consórcios possuem ainda uma taxa de administração que
costuma ser baixa se comparada a outras modalidades de investimentos, mas isso
não garante que o consórcio seja a melhor forma de investir seu dinheiro.
Os
consórcios são uma invenção brasileira que já foi levada a outros países, e
hoje em dia vão além da aquisição de automóveis. Existem consórcios
imobiliários e até de cirurgia plástica.
Em
geral, consórcios são uma opção interessante para pessoas que não precisam do
bem imediatamente, devido ao risco que existe de receber o prêmio a qualquer
momento, desde a primeira parcela ou até o final do plano. E a conveniência do
consórcio varia conforme a sorte do participante. Vamos analisar casos extremos
para entender os riscos e vantagens do consórcio, comparando com a poupança
programada e com o financiamento, outras opções bastante populares.
Na
poupança programada, aplica-se um valor mensalmente até que o saldo acumulado
atinja o valor do bem desejado. Neste caso, juros compostos jogam a seu favor, mas
o bem só fica disponível ao final do período. Por outro lado, o valor total
pago é menor que o valor do bem à vista, pois o saldo final da aplicação é
composto pelos pagamentos mas também pelos rendimentos da aplicação.
O
financiamento é quase a situação contrária. Recebe-se o dinheiro imediatamente,
o bem é adquirido imediatamente, e os pagamentos mensais são usados para quitar
a dívida. Neste caso, os juros compostos jogam contra você e o valor total pago
é consideravelmente maior que o valor do bem à vista.
No
consórcio, se o participante for sorteado ou ganhar um lance logo no início,
tem-se algo parecido com um financiamento a juros baixíssimos, pois o bem fica
rapidamente disponível e o pagamento é feito depois.
Por
outro lado, se o participante for dos últimos a serem contemplados, a situação
se assemelha muito à poupança programada a juros zero, ou seja, péssimo
investimento, pior que guardar dinheiro embaixo do colchão, pois ainda existem
as taxas de administração.
Em
resumo, o consórcio é um investimento de risco alto, mas com ganhos ou perdas
limitados pelas situações descritas acima. A maior vantagem do consórcio é a
pouca burocracia, interessante para quem tem dificuldade de obter um
financiamento, e quer ter a chance (risco) de ter o bem mais rápido do que se
guardasse o dinheiro por conta própria.
A
contrapartida da pouca burocracia é o risco de inadimplência dos participantes,
que pode levar a dores de cabeça e aumento inesperado das prestações. Outra
desvantagem ocorre em caso de desistência. Na maior parte das vezes, a
recuperação do dinheiro investido acontece apenas no final do plano, e apenas
com a correção aplicada às mensalidades.
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