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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Homenagem ao meu (Nosso) Querido Pai José Trajano de Oliveira (In memoria).

 


Poesia: Papel de Pão

"Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão".

 

Lá em casa logo cedo

O meu pai me acordava

E na mesa lá já estava

Embrulhadinho um segredo

Muito melhor que brinquedo

Pra minha motivação

Era mais uma lição

Com muita sabedoria

Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão.

 

Dizia que a vida é bela

Mas que requer desafios

Como canoas e rios

Que exigia cautela

Como a porta e a janela

Que servem de proteção

Plantadas no mesmo chão

Tinham sua serventia

Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão.

 

Usando o mesmo papel

Onde o pão ele trazia

Poesia ele escrevia

No formato de um cordel

Como quem usa um pincel

Sempre com muita emoção

Falando do coração...

E com bastante alegria

Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão.

 

Falava sobre o orvalho...

Da beleza dos caminhos

Do cantar dos passarinhos

Quando utilizava atalhos

Do barulho dos chocalhos

Da boiada no varjão

Dizia da comoção...

Vivida no dia-a-dia...

Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão.


Pai gostava de vazante

Pois plantava o ano inteiro

E de janeiro a janeiro

Ele lucrava bastante,

Sempre estava confiante

Plantando milho ou feijão

Toda a sua produção

E tudo que Ele fazia

Pai me contava em poesia

Escrita em papel de pão.

 

Todo este aprendizado,

Ficou para a vida inteira

Ditos a sua “maneira”

Pelo meu Velhote Amado

Aquele lindo passado

Lembrado em recordação

Toda a minha gratidão

Pela sua companhia...

Me ensinando poesia

Escrita em papel de pão.

 

Tomando o nosso café

Pai me falava de Deus

E velhos conselhos seus

Fortaleceram-me a fé

Dizia como ela é...

E que vem do coração

Que bela reflexão

Tudo isso evidencia.

Pai me ensinava poesia

Escrita em papel de pão.

 

Que Deus nos ajude a seguir os belos exemplos deixados por Ele.

 Tabira, 17/03/2024. Heleno Trajano e Heliezer Souza.


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