Liberdade de expressão é uma coisa. Usar essa liberdade para atacar minorias e cometer crimes é outra.
O “humorista” Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão no regime fechado pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo por discriminação e preconceito em um show de comédia stand-up.
Léo Lins é da tríplice coroa de humoristas que vira e mexe, são notícia não pela qualidade do humor, mas pelas polêmicas em que se envolvem, somado a Murilo Couto, que comparou Assisão a uma raça de cão, afirmando em outro momento que “dá razão ao motorista de ônibus que atropela ciclistas”, Rafinha Bastos, que afirmou, “os neonazistas no evento deveriam ter sua liberdade de expressão mais protegida”, fez piada com apologia ao estupro e com deficientes mentais.
As falas de Léo Lins não “incorporam um personagem” como na dramaturgia. É ele, em primeira pessoa, atacando negros, nordestinos, mulheres, autistas, cadeirantes, para uma plateia que acha palco e espaço em boa parte para estar com alguém que diz o que elas, tão preconceituosas quanto, gostaria de ouvir.
E ainda temos que ouvir gente concordando com esse absurdo, alguns poucos para usar de plataforma política. Como diz Nelson Rodrigues, os idiotas vão tomar o mundo, não por competência, mas porque são muitos…
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